
Nascemos perdidos, quase sozinhos neste mundo. Certamente, partiremos dessa vida também sozinhos. Ficamos mais velhos e serenos com o passar dos anos, mas muitas vezes perdemos a espontaneidade. A propósito, as crianças têm muito a nos ensinar nesse sentido. Espontaneidade é essencial, pois é muito triste perder o brilho da vida em virtude de uma rotina forçada. Costumo dizer que eu pretendo encontrar meu amadurecimento ao reencontrar a seriedade que eu demonstrava em minhas brincadeiras de criança a partir de um bonito exercício Nietzschiano. Desse modo, o cultivo da individualidade jamais deve ser confundido com egoísmo. Afinal, individualismo é humanismo.
O cultivo da alma por meio da arte é libertador, providencial nesse processo a meu ver. Penso que poucos meios são tão eficazes para nos indicar caminhos adequados de nos desvencilhar da servidão voluntária, a maldição moral do homem a meu ver. Sem dúvida, se as pessoas fossem tão críticas quanto a si mesmas como são com os outros, o mundo já seria bem melhor.
Nesse sentido, recomendo a leitura de um excelente livro intitulado "Discurso da Servidão Voluntária" (Discours de la servitude volontaire). Trata-se de um excelente livro do francês Étienne de La Boétie, publicado após sua morte em 1563.
Abraço a todos.
Fabiano Borges
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