Depoimentos/Críticas

"Fabiano Borges, filho de criação do pinho? Ou do jacarandá? Ou do abeto? Pouco importa! Será folha de flandres? Um serrote tristonho? Ou o esgar quase alegre de uma rouca cuíca? É um violão encapelado, revolto, revirado pra lua! Contrariando o calendário de sua juventude com a ancestralidade de sua música." 
(Guinga, compositor brasileiro)

"Ouvir esse Cd do Fabiano Borges me enche de esperança e ratifica minha fé na arte a qual me dedico desde 1976 – a Música Brasileira. Assim como em toda esta nova geração de violonistas brasileiros, percebe-se claramente na interpretação de Fabiano a influência do majestoso violão de Raphael Rabello - meu inesquecível e tão saudoso irmão. 
Mas, Fabiano não é apenas mais um seguidor. Tem personalidade e interpretação próprias e deixa aqui registrada sua marca também como compositor, e com muita competência. A sua Suíte Brasileira merece atenção. Plena de fundamentos essa peça torna-se uma grande contribuição à escola do violão brasileiro, uma das mais ricas do mundo. É comovente também constatar o cuidado que Fabiano que teve com cada música, a busca da sonoridade mais perfeita, a clareza da execução! Os arranjos para as músicas de Nazareth e para a de Raphael são primorosos!
Esse Cd 1 é uma homenagem a todos os mestres da Música do Brasil e ajuda a garantir que, apesar de todos os maus tratos que recebe e do pouco caso que o mercado lhe faz, ela é soberana e inigualável. Trabalhos assim nos estimulam a prosseguir!
Ao ouvinte recomendo: ouçam com cuidado, de olhos fechados e agradeçam o privilégio de ter acesso a esse trabalho. Parabéns, Fabiano! Radamés Gnattali, Ernesto Nazareth e Raphael Rabello também ficariam comovidos!" 
(Luciana Rabello, musicista e compositora).

"De soleadas y exuberantes tierras de un cielo proveedor, Fabiano Borges ha nacido con el don de concernir al mundo de la mano con los orígenes. Su elevado espíritu de transculturación se ha desbordado en la internalización de géneros poco conocidos para la cultura guitarrística de Brasil como es la marinera, el pasacalle, la milonga, la chacarera, etc.
Hoy “Camino a Santiago”, “Rojita” y “San Miguel de Piura”, devienen como un prominente resultado que lleva a la contemplación de los detalles más recónditos de una u otra manifestación cultural ancestral y que además en la guitarra de Fabiano cobran universalidad.
Sin duda, pues, Fabiano Borges es además un inmenso artista dotado de esa espacial libertad que han poseído o poseen hoy muy pocos músicos. En él está claro que la guitarra y la música no son un fin sino un medio para trascender al arte de penetrar en el sentimiento para enraizar su creación.
Completamente convencido de que este disco de contrastes latinos marca un hito, un punto de partida, en la unión etnomusical latinoamericana; felicito y agradezco a Fabiano Borges a la vez que hago votos porque se mantenga luminosa la llama votiva de su vida y creación en pro de cada pueblo, hombre y guitarra."
(Mario Orozco Cáceres, concertista peruano).

"Este belíssimo álbum duplo nos brinda com o privilegiado universo musical da Fabiano Borges, cujo talento se funda na naturalidade com que potencializa as suas habilidades de instrumentista, pesquisador e compositor. Fruto de processos criativos próprios e de interpretações, o seu primoroso trabalho amalgama a rica palheta das músicas brasileira, latino-americana e ibérica, diluindo as fronteiras entre o erudito e o popular. Sensivelmente violonístico!" 
(Maria Alice Volpe, musicóloga, Universidade Federal do Rio de Janeiro)

"... Fabiano Borges, autor y ejecutante de la guitarra de siete cuerdas, que se pronuncia en términos de autenticidad, tanto por su obra personal de proyección sudamericana, como por su interés por promover el repertorio de compatriotas suyos de la magnitud de Gismonti y Garoto y refrescar los viejos choros de Joao Pernambuco..." 
(Pedro de la Hoz, Diario Granma, La Habana, 11 de febrero de 2014, año 18, número 42). 

Las obras que integran el repertorio de estos dos discos se nutren de diversos géneros y estilos musicales representativos de las culturas sudamericanas y caribeñas. Fabiano Borges, con sabiduría y talento crea un contexto de sonoridades mágicas, donde ritmos y géneros de profundo arraigo que evocan ancestrales tradiciones, se presentan desde una óptica abierta, llevándonos de la mano por un sendero de placentera modernidad. La selección de obras que interpreta Borges da un sentido muy especial a este importante proyecto, donde confluyen obras de reconocidos creadores, junto a otras de jóvenes artistas que ya alcanzan madurez y equilibrio de Maestros. Su impecable trabajo como intérprete y compositor da fe de todo ello y augura un futuro muy prometedor al permanente crecimiento y proyección del arte musical de nuestras culturas.
(Eduardo Martín. La Habana, 14 de septiembre de 2015).

"Fabiano Borges é o principal divulgador do violão latino-americano no Brasil, quiçá na América Latina. Seu conhecimento desse fundamental repertório vai muito além das obras conhecidas e dos ritmos tradicionais. Suas escolhas sempre recaem na divulgação de obras e compositores de diversos países, na diversidade de temas, no apuro estilístico e na surpresa e originalidade instrumental. Seus recitais costumam ser verdadeiros acontecimentos, privilégio de quem se dispõe a se abrir para um maravilhoso mundo de cores e cultura da América centro-meridional. Seu conhecimento é de causa: Fabiano aprendeu in loco o livro imaginário do folclore popular americano luso-espanhol, sendo um dos violonistas brasileiros com maior atividade internacional, especialmente em países dessa região. Sua amizade e parceria musical com importantes músicos dessas localidades lhe deram o aval definitivo como porta-voz brasileiro do violão latino-americano. Naturalmente intitulado ¡Latinoamérica!, este registro fonográfico duplo — assim como o seu primeiro álbum também obrigatório — mostra-nos que Fabiano continua se desenvolvendo como um dos grandes compositores e violonistas brasileiros da atualidade. Suas obras abarcam desde miniaturas como Gaúcho Sem Fronteira (dedicada ao fenômeno Yamandu Costa) e Valsa-Chôro (gênero que segue a tradição do nacionalismo musical brasileiro) até músicas de maior vulto como suas Duas Peças Brasileiras, dedicada ao grande violonista espanhol Gabriel Estarellas. A Pequena Suíte Nordestina apresenta ritmos provenientes da riquíssima região cultural do nordeste brasileiro e a Suite Sudamericana apresenta ritmos menos utilizados pelos violonistas, tais como o andino huayno e o afro-peruano landó. Há também as adoráveis Dos Piezas Latinoamericanas, dedicadas ao peruano Mario Orozco e ao cubano Alexis Méndes, ambos excepcionais violonistas. Fabiano aprimora-se cada vez mais também em suas transcrições, com leituras bastante pessoais de clássicos da música brasileira. Em todo o registro, Fabiano Borges é acompanhado por grandes músicos que colaboram para o sucesso do projeto e ajudam sobremaneira no prazer de se escutar ambos os discos. Há violino, percussão, gaita e clarone, já bastante conhecidos do público brasileiro de choro, além do bombo legüero — um tambor típico do folclore argentino — e do duo de violões, formação de gosto do violonista.  A aula de cultura latino-americana de Fabiano Borges abarca compositores como Andrés Chazarreta, Julián Plaza, Franz Castillo, Mario Zedog, Hnos Díaz, Mario Orozco e Diego Martín Castro, todos divulgados pelo violonista constantemente. Todos eles devem a Fabiano Borges essa dedicação e seriedade de escolha demonstrada em recitais por todo o mundo. As principais qualidades de Fabiano Borges estão presentes nestas gravações: sua veia composicional, seu profundo conhecimento dos ritmos latino-americanos e seu inabalável compromisso artístico. Fabiano é, mais que tudo, não apenas um gênio visionário que busca um mundo maravilhoso através do colorido e da alegria da vida, mas um músico ciente de seu papel social na cultura do mundo contemporâneo, com sua compreensão na força, caráter, dignidade e diversidade da arte latino-americana. Seu lugar, já assegurado na história do violão brasileiro, é não apenas de destaque, mas único e singular pelos rumos que vem mostrando a que pode abarcar e direcionar o violão no Brasil e no mundo".
(Gilson Antunes. São Paulo, 14 de setembro de 2015).